24/07/2010

Quem acredita em tudo que contam na TV?

Esta, é uma extração do depoimento de Ravel da dupla Dom e Ravel cedido ao site censuramusical.com. É importante para entendermos que a história é narrada de uma forma, mas acontece de outra. Para quem acredita que a ditadura e suas vítimas são como narrão os meios de comunicação, vejam a história narrada por quem não pousou artista do que não passa de uma fábula se levarmos a cabo o que dizem os faladores.

O nome de Dom & Ravel está, até os dias de hoje, ligado ao sucesso “Eu te amo meu Brasil”. A canção, que ecoou pelo país durante os tempos em que se alardeava o milagre brasileiro e se comemorava os bons resultados do futebol, foi rotulada como símbolo de um governo militar que comemorava a vitória para si próprio. Em entrevista ao censuramusical.com, Eduardo Gomes de Farias, o Ravel, recorda os tempos de censura, nos quais a dupla recebeu críticas que marcaram definitivamente sua história.

CM: Qual sua opinião em relação aos artistas engajados politicamente contra a
ditadura militar?

RAVEL: Neste sentido, a história musical do Brasil é muito duvidosa, você pega um cara como Geraldo Vandré, todo mundo diz que o cara apanhou, e tal. Nunca ninguém colocou um dedo nele. Nunca levou um tapa. No entanto disseram que ele foi vítima de lavagem cerebral, muita coisa, tudo mentira. Tem muita gente aí, não vou citar nomes, mas que saíram do Brasil, foi pra outros lugares, se aproveitando da situação no esquema de exílio, pra curtir outro país. Tem muita mentira nisso tudo.Eu sofri exílio no meu próprio país e nunca fui remunerado pelo governo

texto completo em: http://www.censuramusical.com/includes/entrevistas/RAVEL.pdf

01/07/2010

O que os olhos trazem

Chore, durma este sono leve
Pense! São minhas, são minhas as pegadas
Passos que dei, quando andava pelas ruas
Tente tocar, sinta ou adivinhe, mas não acredite

Chore por este momento, não abra os olhos ainda
A resposta é o vento, aos poucos na areia quente
Você voltou e viu as cinzas de um vulcão
Mesmo quando voou para longe!

Chore, e pense. O que mais há lá fora?
A vida se afogando tempo?
Tudo que pode fazer é chorar

Tudo, tudo que esta feito está feito
O passado é apenas esta voz
Olhe em meus olhos e veja seu mundo

11/05/2010

O Homem

Rangeres C. Gomes

O Homem adquiriu asas
Mas não aprendeu a voar
O Homem descobriu o fogo
Mas não conseguiu dominá-lo

O Homem descobriu outros Homens
E aprendeu a guerrear
O Homem descobriu a arte
Mas não conseguiu aprisioná-la

Alguns Homens conheceram a liberdade
Outros tantos deram as costas para ela
Alguns Dela nem ouviram falar

O Homem quis saber quem era ele
O Homem pensou que era Deus
O Homen inventou a morte

01/05/2010

Caminha ao lado

Rangeres

Tão bela é em seu ingênuo ser
De forma tão desmedida
Não escondes o que sabe
Às vezes dúvida da vida

Caminha ao meu lado
Ri sem demora
Riso inocente, riso louco
Ela é a mesma. A que o não não comporta

Ela transforma as palavras
Muitas vezes a vejo em mim
Não reside em minhas metáforas

Viaja de corpo em corpo
A tempestade depois de um dia morno
Abrir da porta e liberdade.

28/04/2010

Busca

Rangeres

Parte agora Odisseu
Buscai o desconhecido
Não mais podeis ficar, o destino te espera
A espreitar estão as feras

Desafias o vento
Rompe a escuridão dos mares
Furiosas procelas do tempo
Desafias os próprios deuses

Lembrando das melenas de tua amada
Empunhando tua espada
De batalha em batalha
Tomas o sangue e leva suas glórias

Lutas intensas corpos rasgados
Céu nublado e o chão aberto
Falenas da névoa noturna
O que buscara? Voltai!

23/04/2010

Poesia

Guerra
Rangeres C. Gomes

Os filhos a guerra impaciente espera seus leitos
As camas cobertas de branco mortos ou dementes

Átomos loucos que devoram céus, terra e gentes..
O ventre que gera a acefalópode aranha do inferno
Cultivando as feras homem

Trombócitas engrenagens rangentes
A chama e a vela, estrela cadente
Deambulam da mente as cavidades metacárpicas

Rios que correm no rosto, bágoas do tempo
A alma que queima e vagida do lado de fora
Veias que pulsam lava quente